Todo cristão, dentre outras tarefas, deve desempenhar uma busca incessante pela santidade. Tal busca não se apresenta com um fim misterioso a ser descoberto; na verdade ele já é dado, em Cristo. Não é preciso inventar nem pensar muito, o modelo é Cristo. É a vida santa de Cristo que buscamos.
É verdade que ao longo de sua rica história os cristãos criaram muitos descaminhos. Hábitos e preceitos que não ajudaram na realização do nobre projeto. Se enganavam com uma maquiagem de santidade e criativamente deram suas próprias soluções às questões já tratadas pelo Mestre e pelos Apóstolos.
Pensando-se inabaláveis autodenominaram-se santos. E camuflaram as próprias fraquezas e lançaram-se sobre as cabeças dos pobres fiéis para delas sugar até a última gota da alma. De modo algum me refiro aos da Igreja Católica, com os quais temos sempre algo de valor a aprender. Acho que nem deveria falar sobre isso no passado, pois esse comportamento vicioso é ainda atual.
Creio que a busca pela santidade tem que necessariamente passar pelo reconhecimento da própria miséria. Deve-se admitir a própria fraqueza, e, em Cristo, sublimá-la. Acho que é isso que Deus ensina ao Apóstolo Paulo quando diz: "Minha graça te basta, pois é na fraqueza que a força manifesta todo o seu poder". IICoríntios 12