segunda-feira, 19 de março de 2012

COMO SE ESCOLHE UM BOM GARÇOM

No início da igreja houve um problema pontual que foi sabiamente solucionado pelos apóstolos. Tendo aumentado o número dos discípulos surgiram reclamações, por parte dos cristãos helenistas, contra os cristãos hebreus, pois as suas viúvas eram esquecidas durante as celebrações.

A fim de acabar com o problema os Doze Apóstolos convocaram uma assembleia. Lembraram que não deveriam eles se desviar da tarefa das orações e da pregação da Palavra. Perceberam que a escolha de ajudantes seria necessária. São escolhidos sete homens para servirem como diáconos, isto é serviçais, mordomos, garçons!

Uma tarefa simples, servir as mesas, porém os apóstolos são extremamente criteriosos na escolha dos tais.  Eles procuraram por “sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria”, são muito exigentes para uma tarefa aparentemente banal.

Mas não há nada de banal em servir a Deus e as qualidades que estavam naqueles devem estar também em todos que creem. Vale a pena lembrar que os Apóstolos escolheram aqueles homens no intuito de “permanecerem assíduos à oração e ao ministério da Palavra. Louvemos a Deus pelos que servem e também pelos pastores.

segunda-feira, 12 de março de 2012

GAMALIEL E O BEIJA-FLOR


No capítulo cinco do livro dos Atos dos Apóstolos é narrada a surpreendente intervenção do sábio Gamaliel no Sinédrio, que estava a julgar os apóstolos. Eles haviam sido proibidos de ensinar em nome de Jesus, mas continuavam a fazê-lo. Pois como Pedro mesmo o disse: “É preciso obedecer antes a Deus que aos homens.”

Diante da insistência dos apóstolos, Gamaliel apresenta um sábio conselho aos demais doutores da Lei: “Agora, portanto, eu vos digo, não vos ocupeis destes homens: deixai-os. Pois, se a sua intenção ou a sua obra provém de homens, destruir-se-á por si mesma; mas se, ao invés, verdadeiramente vem de Deus não conseguireis arruiná-la. Não vos exponhais ao risco de combater contra Deus.” Gostaria de aplicar este conselho à vida cotidiana.

Certa vez uma beija-flor fez ninho no lustre da varanda, onde eu morava. Dia após dia eu observava os cuidados da mãe com o seu filhote, mas notei que ela sumira e já se passara dois dias. Então saí em socorro ao filhote, pesquisei quais seriam os cuidados necessários e, confiante, dei-lhe uma pequena dose de água com açúcar, conforme fora recomendado. Após a “medicação”, o filhote não deu mais sinal de vida. Quanta tristeza e quanto peso. Logo depois, chegou a mãe; mais peso e mais tristeza.

Minha pretensão em achar que sabia mais foi fatal; só então raciocinei com verdadeira sabedoria e entendi que se eu não tivesse interferido Deus cuidaria deles, então o fim não seria trágico. Há situações em que o melhor a fazer é entregar à Providência e não tentar consertar aquilo que  já funciona bem.

sábado, 3 de março de 2012

A IGREJA E SEUS CONTRASTES


No livro de Atos, na passagem do quarto capítulo para o seguinte, vemos uma enorme discrepância de atitudes de duas personalidades bem conhecidas por nós. Trata-se de Barnabé e de Ananias.

Ambos venderam propriedades para dar o dinheiro como oferta à igreja. Barnabé levou todo o dinheiro aos pés dos apóstolos, Ananias mentiu e ficou com uma parte do dinheiro. Barnabé, “filho da consolação”, continuou a servir e a honrar o nome de Cristo pregando o evangelho aos gentios. Ananias, “o Senhor assegurou”, serviu aos seus próprios interesses e morreu.

A oferta de Barnabé foi dada em gratidão a Deus, a de Ananias foi uma ofensa ao Espírito Santo. Sobre ambos estava derramada a graça de Deus, mas cada um retribuiu diferentemente.

Assim é a igreja, casa de oração para todos os povos, cheia de contrastes, pessoas que vem e vão; algumas assumem o compromisso, outras não.

quinta-feira, 1 de março de 2012

COM TODA OUSADIA. (27-02-2012)


É admirável a coragem dos apóstolos Pedro e João. Tudo o que outrora testemunharam de Cristo eles falavam ao povo. Pregavam a vida eterna e a ressurreição em Cristo Jesus, e por isso foram presos (Atos 4,2-3). Mesmo enfrentando adversidades, lemos que muitos se convertiam ao ouvir a pregação apostólica; seu número, contando-se apenas os homens, chegou a cerca de cinco mil!

Os apóstolos faziam questão de ressaltar que era em nome de Jesus que realizam as obras maravilhosas. Suas ações exaltavam e honravam o nome de Jesus Cristo. Eram homens notáveis, porém humildes, iletrados, sem posição social (Atos 4,13). Eles foram proibidos de falar e ensinar em nome de Jesus, mas em seus corações sabiam que importa mais obedecer a Deus do que a homens. Não podiam deixar de falar das coisas que viram e ouviram (Atos 4,20).

Sob novas ameaças eles foram soltos e depois de relatarem aos outros irmãos o ocorrido, unânimes, todos elevaram a voz a Deus. O que eles pediram? Que o Senhor lhes concedesse que continuassem a anunciar a Palavra com toda ousadia e que os acompanhassem os sinais milagrosos operados pelas mãos de Deus (Atos 4, 29-30).

Ao enfrentar obstáculos tão grandes, ameaças contra suas próprias vidas, os apóstolos pediam mais. Mais ousadia, mais milagres, mais serviço para prestarem a Deus. Com toda ousadia queriam sempre mais.

QUE VENHA O REFRIGÉRIO! (20-02-2012)


Numa tarde, Pedro e João foram ao templo orar. Se depararam com um aleijado, quando ele os viu implorou por esmolas, mas Pedro lhe respondeu: “Nem ouro nem prata possuo. O que tenho, porém, isto te dou: em nome de Jesus Cristo, o nazareu, põe-te a caminhar!” E aquele homem andou (Atos 3, 1-10).

Pedro não tinha nada a oferecer a não ser a fé em Cristo, e os presentes viram esta fé se manifestar em um milagre. O homem curado entrou com eles no Templo e pôs-se a andar, saltar e louvar a Deus (Atos 3, 8-9). Quem poderia conter a alegria do milagre?

Como aquele homem não os largava, Pedro dá uma palavra ao povo que, admirado, os olhava. Dentre outras coisas ele esclarece que foi graças a fé no nome de Cristo que o homem foi curado (Atos 3,16). E continua: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, a fim de que sejam apagados os vossos pecados, e deste modo venham da face do Senhor os tempos do refrigério.” (vs. 19-20).

Queremos o refrigério de Deus? Então, com fé em Jesus Cristo, seremos assim abençoados a partir do momento em que cada um de nós se afastar das suas maldades (v. 26).

HOMENS CHEIOS DE DEUS (13-02-2012)

Em Atos dos Apóstolos, capítulo 2, lemos sobre um evento que sempre dá o que falar. O Espírito Santo se manifestou de modo surpreendente ao descer sobre os apóstolos e conceder-lhes que falassem em diversas línguas. Muitas pessoas de diversas regiões e com idiomas diferentes ouviram os apóstolos pregarem em suas próprias línguas.

Naquele momento, o Senhor promovia a união entre os homens eliminando a tão problemática barreira da linguagem. Sem entender alguns pensaram que os apóstolos estavam bêbados: “Estão cheios de vinho doce!” (v. 13). Na verdade estavam cheios de Deus, embriagados de Deus.

Cheio da presença de Deus, Pedro começou a pregar. Os que o ouviram sentiram o coração ser atravessado por aquelas palavras (v. 37) e cerca de três mil pessoas se converteram (v. 41).

Estando cheios de Deus, aquelas pessoas passam a viver de modo diferente; repartindo tudo, eles eram como uma Igreja deve ser, tinham tudo em comum (v. 42-47). Enchei-nos ó Deus para que sejamos esta Igreja.