1Coríntios
13,12: “Porque agora vemos como em espelho,
obscuramente; então veremos face a face. Agora conheço em parte; então
conhecerei como também sou conhecido.”
Ao descrever “o caminho sobremodo
excelente” o apóstolo Paulo deixa evidente que o amor é meio pelo qual o cristão
deve pautar sua vida. É através do amor que todos os dons devem ser exercidos. Na
verdade, nenhuma de nossas ações, por mais bondosas que sejam, terá qualquer
valor se não estiverem fundamentadas no amor.
É claro que Paulo se refere ao
amor sublime, o amor ágape, o amor divino. Nós o conhecemos em Cristo. Deus nos
mostrou o seu amor ao entregar o seu Filho amado para que nós tivéssemos a vida
eterna.
Ao escrever sobre o amor Paulo
também tratou a respeito do processo de deformação que sofremos ao longo do
tempo. Um dia nós falávamos e pensávamos como crianças; ingenuamente acreditávamos
no amor de nossos pais e que eles cuidariam de nós. Mas depois que crescemos tudo
o que era próprio da criança desapareceu.
Já não cremos com a mesma força,
não nutrimos a esperança de que alguém possa nos amar. Então adoecemos e vamos
sobrevivendo do jeito que der. Olhamos para o espelho e a imagem que lá está é
a figura deformada de nosso ego. Vemos obscuramente um rosto distorcido pelo
pecado. Mas Deus tem algo mais a nos mostrar, a imagem de seu Filho.
Havendo Jesus nos alcançado
procuremos a imagem de Cristo em nós, cuja restauração Ele vem promovendo. Pois
só nos resta buscar o estado de perfeição, a medida da estatura da plenitude de
Cristo (Efésios 4,13).