Nesta semana que passou aconteceu no Rio de Janeiro, e em
outras cidades, a “marcha das vadias”. Em meio aos protestos, uma infeliz
entrou na Igreja de Nossa Senhora de Copacabana com os seios de fora. Dizem que
naquela hora ocorria a missa das crianças. A indignação foi total, mas o escândalo
não deu em nada; apesar de contrariar frontalmente a ordem, o bom senso e a
lei. O escândalo, digo o protesto seguiu com outras irreverências: uma mulher
vestida de freira; cartazes com os dizeres “Jesus ama as vadias!”; teve até um
rapaz travestido que invadiu o pátio frontal de uma Igreja Universal. Ousadia
sem limites.
Na internet choveram palavras de apoio ao movimento, que
estaria se manifestando contra a violência sexual cometida às mulheres. Entre essas
palavras estavam diversas outras que explicitamente promoviam o ódio contra a
religião, isto é aos cristãos. Todos querem malhar o Judas, todos querem malhar
a Cristo. Cheias de coragem, ninguém pôde deter as “Vadias”.
Coragem maior e ousadia virtuosa estavam em Paulo e Barnabé.
Odiados por pregarem o Evangelho, eram expulsos de algumas cidades, ultrajados
e caluniados em outras. Em Icônio, depois de pregarem em uma sinagoga, uma
grande multidão abraçou a fé cristã (Atos 14). Mas havia um grupo que
continuava incrédulo e por isso colocava os gentios contra os missionários.
Após percorrerem outras cidades, mais uma vez sofreram perseguições
e Paulo chegou a ser apedrejado (Atos 14,19). Qualquer um pensaria que o mais
sensato a fazer seria nunca mais voltar àquelas cidades. No entanto, Paulo e
Barnabé voltaram à Listra, Icônio e Antioquia; confirmavam o coração dos discípulos
e os encorajavam a permanecer na fé. Eles diziam que: “É preciso passar por muitas
tribulações para entrar no Reino de Deus” (Atos 14,22).
Quem é o servo que está disposto a passar qualquer contrariedade,
ou sofrimento, ou perseguição para pregar o Evangelho? Os apóstolos ficaram
calados? Os missionários silenciados? E quanto a nós? É certo que se os servos
se calarem as vadias clamarão.