terça-feira, 28 de agosto de 2012

QUAIS SÃO SUAS PREMISSAS?




Recentemente vi um debate no qual todos estavam um pouco exaltados, pois discutiam um polêmico assunto. Depois de várias falas, eis que levantou uma voz que ao clamar por clareza e coerência definiu as premissas sobre o objeto em questão. Certamente isso ajudaria em qualquer debate, mas estabelecer as premissas também limita o diálogo, pois não se poderá mais repetir bobagens sem compromisso algum. A despeito de tais premissas o debate seguiu, pois não havia interesse em se acertar os ponteiros.

Somos alertados por filósofos e teólogos que um pequenos desvio no início de um pensamento pode levar a um grande erro no final. O que também pode resultar em ações erradas, desviantes e pecaminosas. Reconhecer as próprias premissas é saber onde se pisa. Reconhecer o fundamento é também saber para onde se vai. É reconhecendo Cristo como nosso fundamento que sabemos para onde estamos indo.

“Já estou crucificado com Cristo. Vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim. Minha vida presente na carne, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim” (Gálatas 2:20-21). É dessa premissa que devem partir todos os nossos pensamentos e ações. Tudo tem que passar por este crivo, pois quando nos recusamos a aceitar o que Cristo estabeleceu rejeitamos a premissa maior, o próprio Jesus.

De fato, Cristo é muito mais do que uma frase ou qualquer pensamento que usamos em um debate. Ele é caminho, a verdade e a vida e ninguém poderá ir ao Pai a não ser por ele. Ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto (1Coríntios 3:11). Portanto reveja suas premissas.

LIVRES PARA SERVIR




“É para liberdade que Cristo nos libertou. Permanecei firmes portanto, e não vos deixeis de novo ao jugo da escravidão.” Gálatas 5:1

Escrevendo aos Gálatas, o Apóstolo Paulo exalta o fato de que todo aquele que crê em Cristo vive livre. “É para a liberdade que Cristo nos libertou” ele afirma, e quando escreveu aos Colossenses foi ainda mais direto: “Se morrestes com Cristo para os elementos do mundo, por que é que vos sujeitais, como se ainda vivêsseis no mundo, a proibições como não pegues, não proves, não toques? Tudo isso está fadado ao desaparecimento por desgaste, como preceitos e ensinamentos dos homens.” (Col 2:20-22)

Até nos parece que podemos viver a fazer qualquer coisa que nossa vontade quiser. Esta é uma falsa impressão e uma distorção do Evangelho. Dentre os cristãos parece haver uma tendência crescente de se dar asas à liberdade e usá-la para satisfazer os próprios deleites. Tem sido comum o hábito de se resolver os dilemas assim: se estiver bom para ambas as partes, então tudo está certo. No entanto, nossa liberdade é guiada por e para Cristo. Tendo sido ressuscitados com Cristo procuramos as coisas do alto, nelas pensamos e por elas nos guiamos (Col 3:1-2).

Lembremos que Paulo esclarece que a liberdade não deve servir de pretexto para atender aos nossos próprios desejos, nem deve atender às aspirações da carne. No uso da liberdade que Cristo nos deu, nos colocamos à serviço uns dos outros por amor, pois todo mandamento se cumpre em amar ao próximo como a si mesmo (Gl 5:13-14).

Somos livres sim. Para amar, servir, viver e aproveitar tudo o que há de bom. Para isto, basta conduzir a vida pelo Espirito, pautar todas as ações pelo Espírito (Gl 5:25). No uso da liberdade devemos simplesmente viver como Cristo.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

QUEBRANDO PEDRAS


“Quer comais, quer bebais, quer façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus” (1Coríntios 10:31).
“Que fazer irmãos? Quando estais reunidos, cada um de vós pode cantar um cântico, proferir um ensinamento ou uma revelação, falar em línguas ou interpretá-las; mas que tudo se faça para a edificação!” (1Coríntios 14:26)

Nos dois trechos acima, o Apóstolo Paulo remete à prática dos preceitos de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, dados por Jesus (Mateus 22:37-39). Todas as nossas ações devem ter por objetivo a glorificação de Deus e a edificação do meu próximo. Mas nem sempre temos essa boa disposição nas tarefas que realizamos no dia-a-dia.

Um peregrino estava pelo caminho e então se deparou com um homem a quebrar pedras. Ao perguntá-lo sobre o propósito daquele trabalho, o homem esbravejou que não havia coisa melhor pra fazer, que era um miserável e continuou a reclamar de sua condição. O peregrino seguiu viagem.

Não demorou muito para encontrar outro homem a realizar a mesma tarefa. O peregrino então perguntou se ele estava quebrando pedra. Apesar de tão óbvia resposta o homem respondeu vigorosamente que na verdade estava a ganhar o sustento de sua família. Aproveitando a pausa conversaram um pouco mais e o peregrino continuou seu caminho.

Para sua surpresa, o peregrino se deparou com mais um pedreiro. Chegou até a imaginar a resposta do homem, ainda assim perguntou o que ele estava fazendo. Ao virar-se, com um sorriso no rosto, o homem disse: “Estou construindo uma grande catedral!”

“Assim, irmãos bem-amados, sede firmes, inabaláveis, fazei incessantes progressos na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.” (1Coríntios 15:58)

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

A PEDRA VIVA




Na Palavra de Deus várias imagens metafóricas são atribuídas a Jesus para explicar suas qualidades. Uma das mais recorrentes e populares é a de Jesus como rocha. Tal imagem nos remete diretamente a ideia de fundamento e estabilidade, tal qual aparece em trecho do Evangelho (Mateus 7, 24).

Os apóstolos Pedro e Paulo também falam de Cristo como pedra angular (confira abaixo). A expressão contém dois sentidos: a de pedra fundamental e a de pedra de esquina. Jesus como pedra fundamental representa a base, o firme fundamento da vida de todo cristão; como pedra de esquina, aquela que dá o ângulo de contorno, do desenho do edifício, Ele dá forma ao nosso viver.

Como pedra fundamental, Jesus é o início de toda obra. Como pedra de ângulo, Ele dá traça toda a arquitetura, o fim da obra. E ainda mais, como pedra viva Ele movimenta a obra, não deixando que ela permaneça estática.

A orientação do apóstolo Pedro é que também sejamos pedras vivas, seguindo a mesma forma de Jesus.

1PEDRO 2, 4-6.
“Chegai-vos para ele, a pedra viva, rejeitada, é verdade, pelos homens, mas diante de Deus eleita e preciosa. Do mesmo modo, também vós, como pedras vivas, constituí-vos em um edifício espiritual, dedicai-vos a um sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus por Jesus Cristo. Com efeito, nas Escrituras se lê: ‘Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; quem nela crê não será confundido’.”

EFÉSIOS 2, 20-22.
“Estais edificados sobre o fundamentos dos apóstolos e dos profetas, do qual é Cristo Jesus a pedra angular. Nele, bem articulado, todo o edifício se ergue como santuário santo, no Senhor, e vós, também, nele sois co-edificados para serdes habitação de Deus, no Espírito”.