“Sabe, porém, o seguinte: nos
últimos dias sobrevirão momentos difíceis. Os homens serão egoístas,
gananciosos, jactanciosos, soberbos, blasfemos, rebeldes com os pais, ingratos,
iníquos, sem afeto, implacáveis, mentirosos, incontinentes, cruéis, inimigos do
bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres do que de Deus;
guardarão as aparências da piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Afasta-te
também destes.” 2Timóteo 3,1-5
Hoje em dia tem se tornado comum
classificar um autor por um pequeno trecho de sua obra, que, apesar de
representativo, não expressa a total complexidade de seu pensamento. Querem
censurar Monteiro Lobato e até Machado de Assis classificando-os de racistas e coisas piores.
Os politicamente corretos se
apressarão em taxar o apóstolo Paulo de fundamentalista e preconceituoso ao
lerem o capítulo três da segunda carta a Timóteo. Não sem razão, pois sua
interpretação é reducionista e falaciosa. Reducionismo que tem se tornado
comum, mas que leva à corrupção e também à distorção da Palavra de Deus.
O Apóstolo continua: “Pois virá
um tempo em que alguns não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, segundo os
seus próprios desejos, como que sentindo comichão nos ouvidos, se rodearão de
mestres. Desviarão os seus ouvidos da verdade, orientando-os para fábulas” (2Timóteo
4,3-4). Parece que Paulo fala diretamente conosco e estas palavras não poderiam
ser mais atuais. Ele solta o verbo, não mede palavras, mas as usa como terapia.
Depois de anunciar a diagnose
profética, elas agem como um remédio, restabelecem a saúde e o equilíbrio
espiritual. Desse modo, o Senhor prescreve: “Tu, porém, permanece firme naquilo
que aprendeste e aceitaste como certo; tu sabes de quem o aprendeste. Desde a
tua infância conheces as sagradas Letras; elas têm o poder de comunicar-te a
sabedoria que conduz à salvação pela fé em Cristo Jesus” (2Timóteo 3, 14-15). Guardemos
a Palavra.
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